Sábado, 25, nove horas da manhã, o som do piano invade o silêncio do apartamento. Curitiba, a civilizada, brilha ao sol outonal e ao frio de oito graus. O calçadão da rua das Flores começa a receber gente bem agasalhada. Homens e mulheres de variadas faixas etárias preparam-se para uma virada gastronômica e cultural, que inclui, manifestação política. Panfletos são distribuídos por alunos do Centro Acadêmico de Medicina Daniel Egg, órgão da Faculdade Evangélica do Paraná. Nos anos 50 conheci o pastor Daniel Egg no Rio de Janeiro. Chegado de um estágio nos Estados Unidos, ele publicou um livro meio diário de viagem, meio sociológico e que tinha por título: “The corning belt”. O folheto a que me referi acima pergunta : “ Se não falta médico, falta o que? E responde : falta estrutura, falta equipe multi disciplinar, falta plano de carreira, falta investimento público, falta infraestrutura para a população.”
PONTE RIO – CURITIBA – RIO
Demorou quase sete anos!
Desde o dia 18 curto a cidade onde morei por quinze anos – Curitiba. Em 2006 quando a deixei, prometi que voltaria anualmente, para tratamento médico e curtição – amigos, a cidade, por aí…mas somente neste ano de 2013 pude cumprir a promessa. A cidade é bela, é limpa, é organizada e, por mais que digam o contrário, muito acolhedora. Amo estar aqui, sentir o clima meridional – 15 a 20 graus em média – socializar-me com gente que aprendi a admirar, comer bem, apreciar a beleza das mulheres – sempre elegantes – nos trajes que o clima exige, e inclui casacos de pele boina ou echarpe de lã e botas de pelica – um luxo!
Após uma semana divulgando o projeto do meu livro : “O Diário de Uma Vida”, estou de volta ao meu aconchego, ao bairro de Botafogo, no Rio de Janeiro, cidade que elegi para viver, quando, aos 18 anos parti de Sorocaba para ser gouche na vida. Deo volente, ficarei nessa ponte – Rio – Curitiba – Rio até que desça a cortina final.