Livro – Sem títulos

16/09

Luciana Quintanilha dispensa o tradicional mas o seu livro tem, além do título, muito conteúdo, e isso é o mais importante. E o que me deseja – é o que todos que amamos a arte desejamos:

“Já é tempo de expor o que mais não se esconde, Já é momento de transpor o que corresponde a tudo de uma vida inteira, a afeição pura e verdadeira, de tudo que de mim faz parte se traduzindo em emoção e arte”.

Luciana trabalha em Cabo Frio, onde com as atividades intelectuais está também no ramo da alimentação. O livro é bem cuidado graficamente.

Nota de Falecimento

17/09

Será sepultado hoje, o senhor Francisco José Maria Fialho. Ele faleceu em Foz do Iguaçu e velado no Cemitério São João Batista.

Peço a Deus que o acolha em seu Bendito Reino.

Orlando Soares Carbonar

15/09/19

         Quem me lê, tenho a ilusão que sim, alguns leitores eu tenho. Entre estes, espero, esteja quem conheceu e privou da amizade e da gentileza que sempre caracterizou a conduta pessoal do embaixador Orlando Soares Carbonar. Eu tive esse privilégio, porque ele representou o Brasil no Paraguai durante a construção da Itaipu Binacional.

Além das reuniões periódicas, ele aproveitava as curtas distâncias para conviver com centenas de amigos nas três fronteiras.

Conheci também seu filho, engenheiro, que herdou do pai a maneira afável e acolhedora com que tratava vizinhos e colegas de trabalho.

O período em que dirigi o setor de Relações Públicas – 15 anos – deu-me uma experiência extraordinária e permitiu-me conhecer gente muito interessante – a nata da diplomacia brasileira e mundial.

Agora leio que Carbonar faleceu no dia 23 de agosto. Fiquei triste. Estava sem notícias dele há muito tempo.

 

 

 

 

 

Cuidando da sua trilha

12/09

Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Rio de Janeiro – Martin Luther

 

No Suriname os cristãos procuraram um lugar na mata para orar. É que moram em pequenas residências com as paredes coladas e não teriam o sossego necessário para seu tempo de oração. Assim, aos poucos, foi se formando uma trilha no caminho da oração onde a grama ia sendo pisada, dia após dia.

Certa ocasião um dos habitantes disse ao seu vizinho de casa, com todo seu carinho e sensibilidade: “Vejo que no caminho da oração que sai da sua casa a grama está, aos poucos, crescendo novamente”.

O caminho da oração a Deus deve sempre estar livre e desimpedido. Nenhuma erva daninha, como preocupações, falta de tempo, falta de fé, nenhuma autoconfiança, deve crescer a ponto de obstruir o acesso a Deus. Nada e ninguém deveria impossibilitar que cada pessoa encontre abrigo na oração. A grama e o mato já tomaram conta em nosso caminho da oração só porque o ocupamos tão pouco?

Através da oração o pó da alma é soprado para longe e o peso da consciência do pecado é tirado do coração. A pessoa que ora se torna liberta, as algemas do medo se soltam. Orar é ter o privilégio de estar ligado ao Criador e Salvador.

 

“Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus”. Filipenses 4.5 NM

Pastor Rolf Rieck

 

Hospital Alemão do Amparo

Edna Carvalho

13/09

         Se você esteve alguma vez em Foz do Iguaçu, visitou Itaipu Binacional, esteve na reserva ambiental onde as Cataratas esbanjam imponência, você percorreu o mundo de Edna Carvalho, ex-chefe de Relações Públicas da maior Hidrelétrica do planeta. Uma cidadã das Três Fronteiras, modesta nos gestos, mas gigante na capacidade de trabalho. Eu a tenho na conta das poucas amigas que sobraram da minha passagem por lá.

A tão combatida e contestada obra monumental de Engenharia hoje é admirada em toda parte. Edna faz parte da História da Binacional.

Hoje, 13 de setembro, dia do seu aniversário dedico estas poucas palavras a ela – Edna, mulher corajosa, chefe de família exemplar.

 

 

 

 

 

Sorocaba – 365 anos

12/09

         Eu tinha, pregado na parede, o mapa da cidade. Por muitos anos, cada vez que o olhava era o sinal para um filme imaginário, no qual tudo acontecia igualzinho no cinema, cena após cena. Não me pergunte que fim levou. Agora, ao percorrer as páginas da “Revista A Cidade”, que comemora os 365 anos da urbe onde nasci, não reconheço a cidadezinha de quarenta mil habitantes que deixei prá trás em 1948.

Nas páginas coloridas não consigo imaginar como estará a rua Santa Cruz, minha lembrança mais antiga da Sorocaba de 1932.

 

 

 

 

Os evangélicos sorocabanos

10/09

         Tomei conhecimento de que, em matéria de religião, as escolhas eram muitas, quando ainda não chegara aos dez anos de idade. Minha avó me levava para o centro espírita. Mamãe frequentava a Assembléia (ninguém cortava o cabelo, mostrava as pernas ou usava pintura no rosto).

Aos domingos um amigo me levava para o culto espírita, onde distribuíam balas de côco queimado (sinto água na boca!).

Fui levado por um amigo ao templo da rua Santa Clara, que tinha entrada também pela Nogueira Martins. Um senhor muito humilde conquistava-nos com balas futebol. Leio no “Cruzeiro do Sul” que a Igreja Presbiteriana está comemorando 150 anos! Igreja histórica! Fui batizado e aceito no rol dos santos, aos 14 anos. Minha história de atuação na Presbiteriana e outras denominações cristãs é longa. Jesus Cristo é a luz que me orienta nos embates com as águas traiçoeiras deste mundo injusto.

 

 

 

 

Prova de vida

10/09

         São seis horas da manhã de uma terça-feira, 10 de setembro de 2019. Acho que estou vivo ou não estaria lavado, perfumado, bem penteado, bem vestido, a caminho do INSS, justamente para provar que estou vivo. Se lá não for, cortam minha aposentadoria. É bem verdade que desta vez foi necessário um esforço especial. Estou acompanhado da esposa, Lucia, de um técnico de enfermagem, e de muita coragem. E, em outros tempos, fazendo planos de uma social caprichada pois além de aniversário de Maria Luiza e de nosso casamento em 1952, a presença de nossa filha Vera Silvia, que veio me visitar e hospeda-se no Abrigo onde passo os últimos anos de uma longa vida.

 

 

 

 

Símbolos da Pátria

07/09

         Cada país tem o símbolo que merece. No Museu da Ponte de Londres podemos apreciar lembranças milenares, objetos, fragmentos encontrados em escavações que vêm sendo realizadas há muitos séculos. E presentes, como a coroa com a qual o embaixador Assis Chateaubriand ofereceu à Rainha Elizabeth II na cerimônia de sua coroação há muitos e muitos anos. Coroa construída com pedras preciosas – rubis, esmeraldas e outras.

Já em um país chamado Brasil, o Museu da República expõe como troféus, entre outros, revólver, pijama ensanguentado, e, futuramente, a faca com a qual o ínclito presidente Bolsonaro foi ferido em campanha.

 

 

 

O virundum

06/07

         O nosso país, tão rico pela natureza, tão invejado, bem que poderia ter sua Independência ou Morte, melhor cultuada e respeitada. Mas qual, o descalabro que é o governo central pouca esperança nos transmite. Abrir o jornal pela manhã é receber uma enxurrada de absurdos. Até quando Senhor Jesus!